RESUMO DO LIVRO: Os Olhos da Pele: a arquitetura e os sentidos
A- DADOS GERAIS SOBRE O AUTOR E A OBRA
Título da obra: Os Olhos da Pele: a arquitetura e os sentidos
Nome do autor: Juhani Pallasmaa
Data da 1ª edição: 2011
Língua original: Inglês
Tradutor(es): Alexandre Salvaterra
Data da edição lida: 2011
Data do resumo: Maio de 2025
Total de páginas lidas: 68
B – SOBRE O AUTOR DO RESUMO:
Autor(a): Renata Graziotin Azevedo Muniz
Aprendiz em autoconhecimento, estudante de Arquitetura e Urbanismo, pedagoga, especialista em Gestão Escolar; Integrante do Grupo Morada das Tradições.
C- RESUMO
Juhani Pallasmaa, nasceu em 1936 na cidade de Hämeenlinna, na Finlândia, se formou Arquiteto e Urbanista. É membro da Associação Finlandesa de Arquitetos e membro honorário do Instituto Americano de Arquitetos. Em 2014 participou como membro do júri do Prêmio Pritzker de Arquitetura. Escreveu diversos artigos e livros, oferece palestras e entrevistas. Hoje Pallasmaa está com 88 anos e segue trabalhando (Academia Internacional de Arquitetura, 2018).
A obra Os Olhos da Pele: a arquitetura e os sentidos, foi prefaciada pelo arquiteto, colega e amigo de Pallasmaa, Steven Holl. A introdução com o título “Tocando o Mundo”, nos oferece informações sobre a importância do sentido do tato para experimentar a arte e para o trabalho do arquiteto.
O livro apresenta duas partes. A primeira é composta pelos seguintes subtítulos: Visão e conhecimento; Os críticos da priorização dos olhos; O olho narcisista e niilista; Espaço oral versus espaço visual; A arquitetura da retina e a perda da plasticidade; Uma arquitetura de imagens visuais; Materialidade e temporalidade; A rejeição da janela de Alberti; e Uma nova visão e o equilíbrio sensorial. E a segunda e última parte integra os subtítulos: O corpo no centro; A experiência multissensorial; A importância das sombras; A intimidade acústica; Silêncio, tempo e solidão; Espaços aromáticos; A forma do toque; O sabor da pedra; Imagens de músculos e ossos; Imagens de ação; A identificação corporal; A mimese do corpo; Espaços da memória e imaginação; Uma arquitetura dos sentidos; e A função da arquitetura.
Na primeira parte do livro, Juhani Pallasmaa aborda especialmente sobre o sentido da visão, apresenta informações que indicam esta modalidade sensorial como um sentido privilegiado na cultura ocidental e discorre sobre, com auxílio da história, filosofia e antropologia, trazendo passagens de diversos autores destas respectivas áreas.
Expressa que há certa negligência com o corpo e os sentidos, além de um desequilíbrio do nosso sistema sensório, em que este fato impacta na forma como se apresenta a arquitetura e as cidades contemporâneas. Complementa ao afirmar que a visão tem o seu papel, assim como os demais sentidos, sendo todos necessários para a prática da arte em arquitetura.
O autor também aborda que alguns edifícios não contribuem de maneira significativa com a experiência humana, devido sua desconexão com a questão existencial e a preocupação prioritária com a aparência e imagem.
No final desta parte ele traz a metáfora de um nadador que sente a água passar pelo seu corpo, sua pele, para dizer que podemos ter uma experiência tátil com a arquitetura, apreciando o que vemos, conforme percorremos a cidade, por exemplo.
Já na segunda e última parte do livro, Pallasmaa analisa a relação que os sentidos estabelecem entre si e compartilha algumas impressões que tem sobre o papel deles na forma como vivenciamos e expressamos a arquitetura, também traz algumas obras de arquitetos mais antigos e outros modernistas, como exemplos para explicar tal relação.
O autor esclarece que é do tato que surgem os demais sentidos e utiliza o termo interface para definir o conjunto dos sentidos especializados, advindos da nossa pele, através da qual o nosso corpo consegue se relacionar com o espaço, conforme relata: “Eu me experimento na cidade; a cidade existe por meio de minha experiência corporal. A cidade e meu corpo se complementam e se definem. Eu moro na cidade, e a cidade mora em mim” (Pallasmaa, 2011, p. 38).
Pallasmaa finaliza o livro escrevendo sobre a função da Arquitetura, a qual considera atemporal, explica que os lugares que visitamos e reconhecemos são transferidos para nossa memória, em que as dimensões experimentadas, o espaço físico, acabam por compor nossa própria existência. Sobre o nosso domicílio, o lugar onde vivemos, escreve que ocorre uma integração, no qual ele se torna parte do nosso corpo e ser.
D – PALAVRAS-CHAVE
Arte. Corpo. Sistema sensorial. Espaço. Contato.