RESUMO DO LIVRO: LÁGRIMAS DE COMPAIXÃO

A- DADOS GERAIS SOBRE O AUTOR E A OBRA

Título da obra: Lágrimas de Compaixão

Nome do autor: Pierre Weil

Data da edição lida: 2007

Língua original: Português

Data do Resumo: 15/02/2024

Páginas lidas: 237

SOBRE O AUTOR DO RESUMO:
Irani Helena Zago: cursou 2º grau em Magistério e Contabilidade, bancária aposentada, Proprietária Administradora da empresa Alento da Terra Horticultura Orgânica.

C- RESUMO
Pierre Weil, educador e psicólogo francês nascido em 16/04/1924, e falecido em 10/10/2008 no Brasil. Autor de mais de 50 livros publicados em vários idiomas, Pierre Weil foi professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais e cidadão honorário de Brasília, onde criou a Universidade Holística Internacional, a UNIPAZ, da qual foi reitor, e a Fundação Cidade da Paz, da qual foi presidente.

Em seu livro LÁGRIMAS DE COMPAIXÃO Pierre Weil faz uma introdução e depois escreve sobre diversos assuntos organizados em quinze capítulos. No início de cada capítulo registra um pensamento de outros autores, referente ao assunto que trata. Citou ensinamentos de Albert Einstein, Francisco de Assis, James Redfield, Dudjom Rimpoché, Sogyal Rimpoché, Bokar Rimpoché, Kalou Rimpoché, Etienne Guillé, Karlfried Graf Dürckheim, Gary Zukav, O Dalai Lama, Mahatma Gandhi, e Sri Aurobindo.A introdução tem o título “E a Revolução Silenciosa Continua…”. Aqui o autor menciona o nome do seu primeiro livro, Revolução Silenciosa, onde descreveu a sua existência desde o nascimento até o ano de 1980 “Nossa tarefa é nos libertar dessa prisão alargando o círculo da nossa compaixão a fim de que abrace a todos os seres humanos e a natureza inteira no seu esplendor (PIERRE WEIL, 1999, p.15)”. O autor escreveu: “encontrei o caminho que leva à paz e à serenidade por meio da descoberta da verdadeira natureza do espírito (PIERRE WEIL, 1999, p.17)”.

O capítulo I tem por título ANSEIO PELA PAZ E PELA PLENA CONSCIÊNCIA e aborda os seguintes assuntos: Abertura para o que der e vier, Planejando o futuro, Vivendo várias vidas numa só, Sinais precursores do fim de uma era da minha existência, Compasso de espera, Vida amorosa e sublimação, A prática tântrica ou a ioga do amor, A minha experiência tântrica e Qualidade de meditação e sincronicidades. O autor conta como estava sua vida profissionalmente bem-sucedida e percebendo-se insatisfeito e incompleto. “O lugar vazio que sinto ao meu lado, a necessidade de dar e receber carinho, um potencial imenso de ternura, fazem-me cada vez mais sensível ao outro sexo (PIERRE WEIL, 1999, p.31)”. Pretendia levar a paz para o mundo, mas precisou construir a paz dentro dele primeiro.

O capítulo II tem por título CONVITE PARA UMA GRANDE VIRADA. Este capítulo aborda os seguintes assuntos: Uma carta inesperada, Dúvidas atrozes, O outro lado da balança, Sinais do alto, Fechamento de um ciclo e Uma mudança consciente. Pierre Weil recebeu a carta com o convite para participar do retiro de três anos, três meses e três dias, que a tempo almejava, mas para aceitar teve que se desapegar de sua vida amorosa, familiar, profissional, de seus bens e de seus dois livros que estavam sendo editados. Terceirizar tudo, fechar um ciclo de vida, um a um todos os setores foram se resolvendo. Estava de malas prontas.

O capítulo III tem por título SALA DE ESPERA. Aborda os seguintes assuntos: A chegada, Ambiente de aprendizagem contínua, Lavando pratos, Fantasias de dentro e do fora, Um balanço final, Ensinamentos preliminares, Um aniversário diferente, Uma história de rabino. O autor percebia-se ainda inseguro, “receio desse salto no escuro (PIERRE WEIL, 1999, p.56)”. Recebera uma recomendação: “nem esperança, nem medo (PIERRE WEIL, 1999, p.56)”. “Pois por trás da esperança vem o medo de não acontecer (PIERRE WEIL, 1999, p.56)”. A aprendizagem junto aoslamas acontecia o tempo todo. Na meditação o essencial é a consciência, a constante presença de espírito, Samsara significa o mundo da ilusão, precisamos aprender como sair dele. Amor é querer o bem para todos os seres, Compaixão é o desejo espontâneo de aliviar uma pessoa que sofre. Com tudo, ainda se perguntava se deveria ou não fazer o retiro.

O capítulo IV tem como título ENFIM DENTRO! Com os seguintes assuntos: Tomada de refúgio, De cabeça raspada, O ritmo cotidiano, Onde está o dentro? As práticas meditativas. Dentro do retiro, a rotina diária era comer, ir ao banheiro, meditar, dormir e nada mais. Observando a natureza deslumbrou-se com a beleza da impermanência, e o medo da monotonia desapareceu. ”O dentro passou a ser o meu próprio corpo. Essa perspectiva criou aos poucos em mim a sensação de que eu estava morando dentro do meu corpo. Era ali que se encontrava o lugar da minha meditação diária, onde eu adentrava…! (PIERRE WEIL, 1999, p.77)”.

O capítulo V tem como título A PRÁTICA DA TRANSFORMAÇÃO. Seguem os assuntos: Descobrindo a minha raiva, Mergulho no meu orgulho, A volta das cabeças cortadas, A ioga do sonho, Uma avaliação da transformação, A continuidade da consciência, Caminho pela floresta, Sonho e vigília, Um mundo ilusório, A descoberta da impermanência. Uma verdadeira alquimia, foi o ensinamento de como dissolver as emoções destrutivas usando a própria consciência. Tomar consciência da emoção no momento que ela aparece. No início, a gente só se dá conta quando a emoção já fez os seus estragos. O ideal é quando vemos a raiva ou o ciúme chegar, ela se dissolve e se transforma em amor e compaixão.

O capítulo VI tem o título ABERTURA DO CORAÇÃO. Com os assuntos: A prática da compaixão, A lágrima do Buda, A lenda de Chenrezi, A mensagem de Pemala, Um poema sobre as minhas próprias lágrimas e Aumento da criatividade. No exercício para a prática da compaixão, em meditação, o autor colocou-se diante da imagem de Adolfo Hitler, e fez anotação em seu diário de bordo: “A explosão! Lágrimas, gritos, gemidos de amor, de compaixão, lembranças de todos os que eu amo, a paz, a guerra, o sofrimento de toda a humanidade…(PIERRE WEIL, 1999, p.102)”. Neste instante teve a percepção que é sabedoria ter consciência que pode confiar no Grande Todo, que está também nele e que ele é também.O capítulo VII tem como título NO AUGE DA CRIATIVIDADE. Com os assuntos tratados: Explosão de beleza e simplicidade, Reflexões e insights, Sonhamos no cotidiano? Conexões espontâneas, Um sonho lúcido: Amante da sabedoria, Estados de graça, Por que me levanto de manhã? Com a influência da prática do sonho lúcido, fez uma síntese da extrema semelhança entre o estado de vigília e o sonho. “No sonho nos apegamos a objetos, pessoas ou ideias emergidos da situação dele. No estado de vigília, nos apegamos do mesmo modo a situações da existência. (PIERRE WEIL, 1999, p.114)”. Dentro deste pensamento o autor menciona que em ambas as situações temos dificuldades para ficar conscientes de quem sonha ou de quem pensa. Anotação após um sonho lúcido: “O ESPÍRITO É O ESPAÇO QUE É (SER), SABE (sabedoria), DESFRUTA (felicidade), PODE (energia potencial) (PIERRE WEIL, 1999, p.114)”.

O capítulo VIII tem como título DESFAZENDO AS MALHAS DO TRICÔ. Assuntos tratados: O descondicionamento, Estratagemas de resistência do ego, A equanimidade como desencadeadora do processo ou imparcialidade, Descoberta da semelhança entre meditação, sonho e estado de vigília, A morte da morte, A clara luz. Os processos de mudanças são lentos, o descondicionamento dos velhos hábitos, é necessário para alcançar a vivência da nossa verdadeira natureza. O estar presente, praticar e observar os resultados obtidos. “Cada descoberta tem consequências infinitas e imprevisíveis (PIERRE WEIL, 1999, p.122)”.

O capítulo IX tem como título DE DENTRO PARA FORA. Assuntos tratados: Preparando a partida, Serei um novo bodhisattva? Arrumando as malas, Nascendo a precognição, A festa de despedida, Valeu a pena? Em 1985, quando se aproximava o final do retiro, passou a se ver como sendo o próprio espaço. Com isso, dissolveu-se a crença na existência de um EU, percebia-se uno com o espaço, desapareceu também a ideia de Interior e Exterior. “Só há o espaço absoluto, de onde emergem pensamentos relativos de um “eu” e de um mundo exterior (PIERRE WEIL, 1999, p.143)”. “Quem sai está mais livre, mais solto, aberto para o Aberto, usando uma expressão de Jean Yves Leloup, do qual ele faz parte e que o integra. Em suma, quem agora está Fora é o Dentro de Pierre! (PIERRE WEIL, 1999, p.145)”.

O capitulo X tem como título PÉ NA ESTRADA. Trata dos assuntos: Um encontro marcante, Decisões importantes sobre o futuro da Universidade holística,Retomando contatos com o meu mundo, Encontro com Jean Yves Leloup, Decisões e trabalho a três, Fenômenos estranhos durante o seminário, A nova marselhesa como hino ao planeta, Reuniões periódicas do “trio”. O universo conspirou e sincronizou o trabalho conjunto do trio: “Monique é uma dessas raras pessoas que juntavam num só processo uma formação psicoterapêutica bastante profunda com uma mediunidade à flor da pele (PIERRE WEIL, 1999, p.147)”. Apresentou Jean Yves assim: “Uma longa barba castanha realçava mais ainda aquele mesmo olhar azul irradiando espiritualidade que eu tinha vislumbrado em Monique (PIERRE WEIL, 1999, p.149)”. O trio decidiu então: “Já que estamos cansados, vamos criar algo maior! Vamos fundar a Universidade Holística Internacional! (PIERRE WEIL, 1999, p.151)”.

A Formação Holística de Base, visou transmitir aos jovens, a nova visão do ser humano no mundo e do seu papel nesta Terra. O autor então fez uma nova letra para o Hino Nacional Francês.

O capítulo XI tem o título A CONCRETIZAÇÃO DE UM VELHO SONHO. Trata sobre diversos assuntos: Convite de um governador, Uma decisão de longo alcance, O preparo de um evento significativo e histórico, A realização de um evento Histórico, Um encontro inusitado em Paris, A segunda medalha da minha vida, Concretização de um sonho, Arriscando a vida, Descoberta de um espaço predestinado, O sonho visão de Dom Bosco, A instalação da universidade, Uma visita inesperada: a alma do general, Celebrações inaugurais, A transformação simbólica do lugar, Um novo sistema educacional para a paz, Pesquisa sobre transcomunicação, Consertando os estragos do ser humano, A comunicação da paz, Uma semente que brotou, Uma experiência comunitária, Implantando uma nova transdisciplinaridade, Expandindo nos para o mundo. Idealizaram um evento histórico no Brasil. “Em 14 de abril de 1988 foi realizada a cerimônia de inauguração oficial da Universidade Holística Internacional de Brasília (PIERRE WEIL, 1999, p.172)”. Na placa inaugural: “As guerras nascem no espírito dos homens. Logo é no seu espírito que precisam ser erguidos os baluartes da Paz (PIERRE WEIL, 1999, p.172)”.

O capitulo XII tem como título DESCOBERTA DE UM ELO ENTRE ESPÍRITO E MATÉRIA. Assuntos desenvolvidos: Meu encontro com Amyr Amiden, As primeiras manifestações na Unipaz, Aparições de inscrições e hóstias, Materialização na ausência de Amyr, Onde se manifesta um modelo holístico, Pensando em SãoFrancisco, Um livro significativo, Encontro de Amyr com alguns amigos, Abençoando o sino da paz, Volta inesperada da lágrima da compaixão, Quem é Amyr? Em contato com seres de luz, Aporte de Amyr e de outros sensitivos para a ciência, A passagem da minha secretária, Contatos com outros sensitivos, Amyr e o Big-bang. O autor conta que conheceu e vivenciou experiências com Amyr Amiden, aconteciam em torno dele materializações e transporte de objetos a longa distância. Ele falou que está em contato com ETs e que os fenômenos começaram a se manifestar depois que encontrou pequenos seres humanoides de cor verde. Pelo que presenciou convenceu-se “que Amyr é realmente um ser muito especial, um elo entre o céu e a terra, um ser que vibra quando está num ambiente de Amor (PIERRE WEIL, 1999, p.194)”.
O capitulo XIII tem como título COMO EU SOUBE QUE ESTAVA FICANDO VELHO. Discorre sobre: Festejando os meus 75 anos, O primeiro aviso, Amigos e conhecidos, Um preconceito pernicioso, Estado de conservação, Ritual de iniciação num aeroporto, Gesto magnânimo num banheiro, Eu ainda quero, Homenagens e prêmios, O golpe de misericórdia, Continuar praticando, A minha vida sexual, Nada mesmo? Questões essenciais da vida. Pierre Weil, aos seus 75 anos sentia-se jovem, e ficava surpreso por ser tratado como idoso. Descreve como aos poucos foi acontecendo sua tomada de consciência, ser lembrado como o pai, ao se olhar no espelho, ao ser lembrado como o avô, comentários sobre a boa aparência, perguntas sobre sua saúde, se ainda trabalhava, exames de sangue, comentários de estar bem conservado, processo degenerativo próprio da idade, homenagens e medalhas. Chegou o período mais calmo de sua vida, a sublimação da energia sexual em níveis de amor universal. Vida a serviço da Paz e trabalho de despertar consciências.

O capitulo XIV tem como título E AGORA, JOSÉ? Escreve sobre: Lembrar-se do essencial! Cidadão do mundo, Espiritualidade transreligiosa, Homenagem a Muktananda. No penúltimo capítulo o autor volta ao tema das questões essenciais que dominaram a sua existência: a Paz, a Espiritualidade e o Divino. De nacionalidade europeia e cidadão francês, brasileiro de coração. “Apesar dos pesares, o Brasil é uma cultura de paz, terra do abraço, do mutirão, da escola de samba e do entendimento entre nacionalidades e raças diferentes (PIERRE WEIL, 1999, p.216)”. Comenta que seu ponto de partida foi não acreditar em Deus e nem vida após a morte.Depois da crise existencial a religiosidade voltou em sua vida de maneira muito diferente. “Ao descobrir a ioga e a praticar diariamente até hoje, convenci-me de que todas as religiões têm um tronco comum, que se situa dentro de cada ser humano, sem exceção (PIERRE WEIL, 1999, p.216)“.
O capítulo XV tem como título DEUS MORREU! …VIVA DEUS! …QUE DEUS?
Com os assuntos tratados: Por que evito usar a palavra “Deus”? Meu Deus! …quem é você? A descoberta de “outra dimensão”, A morte da morte, Estados de consciência e realidade, O que é ser iluminado? Fim da normose de separatividade, Deus como Luz? Neste último capítulo o autor explica porque não menciona muitas vezes o nome de Deus, respeito aos ensinamentos religiosos. A tradição budista “está inteiramente voltada para a descoberta da verdadeira natureza do Espírito, a qual é inefável (PIERRE WEIL, 1999, p.221)”. A respeito de outra dimensão, agrupa em duas categorias suas vivências e observações sobre “fenômenos de percepção extra-sensorial demostram que a mente humana e a dos animais estão ligados entre si pela telepatia (PIERRE WEIL, 1999, p.224)”, e “fenômenos sujeitos a um fator psicocinético, demostram a possibilidade de ação da mente sobre a matéria (PIERRE WEIL, 1999, p.224)”. Esclarece que a sua procura era para a realidade divina e as manifestações são provas que nosso espírito, é parte integrante de um Espírito infinito.

CONCLUSÃO: IR ALÉM.

Pierre Weil conclui seu livro “LÁGRIMAS DE
COMPAIXÃO” chamando atenção para a chegada aos anos 2000 e a necessidade de grandes mudanças na humanidade, “cuidar da sua própria revolução silenciosa, e se comportar, no plano exterior, em consonância com a sua própria metamorfose, cultivando a arte de viver em paz consigo mesmo, com os outros e com a natureza (PIERRE WEIL, 1999, p.234)“.

C – PALAVRAS-CHAVES
Transmutar, Sincronicidades, Desejo, espontâneo, Espiritualidade, Descondicionamento, Desencarne, Impermanência, Amor