RESUMO DO LIVRO: Os Ensinamentos de G I Gurdjieff, P.D. Ouspensky e Maurice Nicoll

A- DADOS GERAIS SOBRE O AUTOR E A OBRA

Título da obra: Os Ensinamentos de G I Gurdjieff, P.D. Ouspensky e Maurice Nicoll

Nome do autor: Beryl Pogson

Data Primeira edição: 2004

Língua original: Inglês

Tradutores(as): Milena Soares Carvalho

Páginas lidas: Livro Completo

Data do Resumo: 2022

Data da edição lida: 2000

Sobre o autor do resumo: Gladys Milena Berns Carvalho do Prado

Psicóloga, doutora em Engenharia e Gestão do conhecimento, com ênfase em coaching e formação de equipes. Atuação profissional como psicóloga, professora, pesquisadora e mentora na área de gestão de pessoas e desenvolvimento humano organizacional. Integrante do Grupo Morada das Tradições.

C- RESUMO

O livro apresenta conceitos, reflexões, técnicas e práticas que permitem aos buscadores seguir o caminho do autoconhecimento. Este livro é sobre a vida e o Trabalho conforme o sistema apresentado por Gurdjieff e disseminado por seus seguidores P. D. Ouspensky e Maurice Nicoll.

O texto faz referência e relaciona os ensinamentos do Trabalho com diferentes temas, tradições e bibliografias, como a bíblia, os filósofos gregos, apsicologia analítica de Jung, alguns ensinamentos do Cristianismo e do Zen Budismo para citar alguns exemplos.

O conteúdo da obra foi elaborado a partir de registros feitos em encontros conduzidos pela Sra Beryl Pogson que, segundo a apresentação do livrou, praticou a “vida no Trabalho” e foi discípula de Maurice Nicoll por 19 anos, dos quais, 14 atuou como sua secretária. A Sra. Pogson, iniciou o trabalho com grupos em 1951, e a partir de 1958 solicitou aos participantes que mantivessem um registro das discussões.

A organização do livro segue uma ordem cronológica de datas especiais ao longo do ano e descreve os encontros que ocorreram na Inglaterra, na Dorton House, em Buckinghamshire, próximo à cidade de Londres, entre 1958 e 1961 como se ocorressem em um único ano. São apresentados o conteúdo dos encontros de Advento, Natal, Ano Novo, Jejum, Páscoa, Pentecostes e a Trindade, Sessões de Verão e Festa de São Miguel.

Cada capítulo é destinado a um período do ano, com exceção do quarto capítulo que aborda o tema Cosmologia. A autora chama atenção que os assuntos se repetem a cada período do ano, e para os mais atentos, é possível notar que a cada volta ao sol, o tema é discutido com maior profundidade.

O livro oferece ao leitor acesso a conceitos do sistema apresentado por G. I. Gurdjieff ao ocidente como leis, princípios e técnicas para compreender do que se trata “o Trabalho”. São discutidas práticas como a auto-observação, a auto lembrança, a atenção, a meditação e a oração, que, segundo o texto, permitem ao homem se desenvolver e despertar. São descritas técnicas e exemplos práticos de como praticar os princípios do Trabalho, além de facilidades e dificuldades que os integrantes dos grupos vivenciaram ao praticar esses ensinamentos.

Nessa obra, tem-se acesso a temas como a Lei de Três, as três forças, as oitavas ascendente e descendente, a oitava do Sol, a escala cósmica e os seis processos cósmicos, para citar alguns exemplos. Com relação ao homem e seu funcionamento são discutidos os centros superiores e inferiores; aessência, a personalidade e a falsa personalidade; a memória e os tipos de atenção.

No livro é abordado de que forma as três linhas do trabalho (indivíduo, grupo e mundo) se interrelacionam e possibilitam a evolução do indivíduo.

Consta que Gurdjieff compreendeu que somente com a prática da segunda linha do Trabalho, o trabalho em grupo, se poderia evoluir em seu trabalho individual, a primeira linha. O texto mostra a riqueza das discussões em grupo e como a pergunta de um dos integrantes promovia a reflexão do outro, inclusive da própria Sra. Pogson.

Pode ser observada nos textos uma parte do “Sistema do Trabalho” proposto por Gurdjieff, em que um tema é apresentado ou uma pergunta é feita e o grupo conversa a respeito do tópico. Por ser um grupo formado por pessoas de diferentes níveis de trabalho e que ocorre ao longo do tempo, as discussões possuem diferentes níveis de profundidade. Além disso, as pessoas trazem exemplos de como aplicam as ideias do Trabalho em sua vida, relatando sucessos e momentos de frustração.

Um exemplo do conteúdo prático oferecido pelo livro pode ser observado no texto sobre o processo de tornar-se consciente. Segundo o livro, para se tornar consciente a pessoa deve produzir a energia necessária por meio da auto-observação e auto recordação. O texto afirma que as razões pelas quais as pessoas não se observam são cinco: inércia, falta de energia, não gostar do esforço (empenho), medo do desconforto e a ilusão de que a auto-observação será mais fácil no futuro.

Sugere-se para ajudar a se observar: o objetivo no Trabalho, a ideia de que se tem ajuda de seres cósmicos, compreender que apenas por meio da auto-observação e auto lembrança a energia pode aumentar a consciência e ter consciência das dificuldades.

Entre as preciosidades encontradas na obra está a discussão de diferentes tradições e sua relação com o sistema do Trabalho. São apresentados e discutidos textos e ensinamentos de tradições, incluindo referências bibliográficas que permitem uma pesquisa mais detalhada, caso o leitor tenha interesse em aprofundar algum dos temas discutidos.

O livro discute também sobre a “disputa” pela atenção do homem entre a “vida” e o “Trabalho”. Cabe ao homem aprender a fazer gestão de sua atenção entre as demandas externas apresentadas pela “vida” e as necessidades de desenvolvimento do Self. O texto sugere que [os exercícios propostos pelo] “Trabalho”, auxiliam no processo de desenvolvimento do homem, por meio do equilíbrio de sua atenção com esses dois aspectos da vida humana.

“Vida” e “Trabalho não são lados a serem escolhidos pelo homem. O que, inicialmente parece uma relação de opostos, no qual só um deve prevalecer, mostra-se, com a evolução do trabalho em si mesmo, e, sobre si-mesmo, um complemento. Percebe-se que a “vida” está no “Trabalho” e vice-versa.

D – PALAVRAS-CHAVE

Auto-observação, Técnicas de autoconhecimento, Trabalho em grupo, Práticas de autodesenvolvimento, Tradições, Desenvolvimento humano, Trabalho de Gurdjieff