RESUMO DO LIVRO: A ORDEM DO DISCURSO

A- DADOS GERAIS SOBRE O AUTOR E A OBRA

Título da obra: Conhecimento, ignorância, mistério

Nome do autor: Edgar Morin

Data da Primeira Edição: 2020

Língua original: Francês 

Tradutores(as): Clóvis Marques

Páginas lidas: 103

Data do Resumo: 2021

Data da Edição Lida: 2021

Sobre o autor do resumo: Sandra Fatima Valandro

Diretora Adminsitrativa e Diretora de Operações. Pedagoga. Especialista em consultoria Empresarial. Sócia Funadora do Instituto Morada das Tradições e Estudante de Tradições no Grupo Morada das Tradições.

    B – SOBRE O AUTOR DO RESUMO:
Nome: Sandra Fatima Valandro Diretora  Adminsitrativa e Diretora de Operações. Pedagoga. Especialista em consultoria Empresarial. Sócia Funadora do Instituto Morada das Tradições e Estudante de Tradições no Grupo Morada das Tradições.
C- RESUMO
Trata-se do livro Conhecimento, ignorância, mistério, do autor Edgar Morin, um célebre e multidisciplinar pensador e pesquisador francês. Edgar nasceu em Paris em 1921, formado em Direito, História e Geografia, é autor de inúmeras  obras de Filosofia e Sociologia. Esta é a 1ª. Edição traduzida da  língua original francês  para o português em 2020. No livro Morin trata e problematiza objetivamente, temas trabalhados na história do pensamento, tais como noções de  matéria, o real,  o conhecimento, verdade e origem da vida e do universo. Diz Morin, “Vivo cada vez mais com a consciência e o sentimento da presença do desconhecido no conhecido, do enigma no banal, do mistério em todas as coisas e, em particular, dos avanços do mistério em todos os avanços do conhecimento” (pag.13). Abastecido de sua experiência como pesquisador, o livro aborda a importância de superar as disciplinas cujaseparação restringe o entendimento dos fenômenos vivos e investiga modernos territórios do conhecimento, onde uma trindade inseparável é revelada: conhecimento, ignorância, mistério. Sua tese é ressaltada com a inclusão de aspas extraídas de autores e pensadores tanto clássicos quanto contemporâneos, como Pascal, Victor Hugo, Schopenhauer, Dostoiévski, Heráclito, Cassé, Halévy e outros. Conhecimento, ignorância e mistério oferece uma análise profunda sobre os limites do entendimento humano, além de refletir sobre o enigma intrínseco que permeia a condição humana.
O livro é composto por 8 capítulos. No primeiro capítulo, conhecimento ignorante”, o autor “O descreve sua visão de como é trabalhado atualmente o conhecimento na área da educação, que é compartimentada. Todos os sistemas e ferrametas educacionais disponíveis para o autor, não alcançam a união do conhecimento. Por essa razão, ele propõe um método que pretende apreender a complexidade mas não a completude do conhecimento, porque para o autor, estamos condenados à incompletude.
O segundo capítulo, intitulado “A realidade” há o questionamento dos conhecimentos científicos a respeito do cérebro humano, de que nossa percepção do mundo exterior é coproduzida pelas forças organizadoras do cérebro. O autor afirma que a realidade é de fato hipercomplexa, contém pluraridade, heterogeniedade, retificação, imaginário, incertezas, desconhecido e mistério. O que de fato é nossa verdadeira realidade para ele é sofrer, gozar, nascer, viver e morrer, os fenomenos naturais e efêmeros da vida humana.
O terceiro capítulo “Nosso Universo” expôe a ideia de contradição, entre o ato de criação de um mundo que é um ato diabólico de cisão, mas que ao mesmo tempo temperado por uma força de união que lhe é divinamente complementar, reforçando a ideia do autor de que tudo que é separado é de certa forma inseparável e de que tudo que é inseparável, é de certa forma separável. Ao final do capitulo, o autor afirma que cada um de nós carrega em si a história do cosmos, mas que nossa cultura, nossa linguagem e nossa consciencia, nos separa dessa origem.
No quarto capítulo “ A vida, revolução e evolução” o autor aborda omovimento dialógico da vida, que ao mesmo tempo está em descontinuidade e continuidade com o mundo físico químico. A vida humana possui uma inteligência de criação e reprodução molecular, que assegura a continuidade sendo que também, apresenta uma relação de descontinuidade diante da morte, que é ao mesmo tempo existência, combate e integração. O autor conclui que a vida é um fenômeno extraordinário e complexo, porém, ordinariamente trivializado: o olhar analítico insiste em segmentar os seus elementos desprezando sua organização, reprodução e qualidades emergentes, que evidenciam o mistério.
O quinto capítulo “A criatividade viva” aborda a ideia de que a criatividade do universo é sistemica e que existe, para Morin, uma potencialidade criadora adormecida no interior do que é vivo, ressaltando que essa potencialidade criadora desperta diante de um desafio, um desejo, uma aspiração. Lembra o autor, do seu próprio corpo, do corpo de todo homo sapiens/demens, dizendo que esse organismo é fruto de uma evolução criadora, desde os vertebrados, passando pelos mamíferos e enfim os primatas, até a nossa espécie.
No sexto capítulo “ O humano desconhecido de si mesmo” o autor explica a complexidade da existência humana ao descrever os seres humanos como “trinários”, ou seja, ao mesmo tempo indivíduos, momento/elemento de uma espécie, momento/elemento de uma sociedade. Ele argumenta que esses três aspectos não apenas são inseparáveis como recursivamente produtoras uma das outras. Os seres humanos são tanto “eus” absolutos como relativos, conforme o autor isso significa que cada um é tudo para si mesmo, mas nada para o todo: sociedade, espécie, vida, universo – cada individuo é apenas um elemento, não um todo completo (“eu relativo”). Ao apontar “a inconsciência da complexidade antropológica”, o autor está sugerindo que essa falta de consciência, leva a erros, segueiras, ilusões e argumenta que uma reforma profunda do conhecimento, da consicência e do pensamento humanos é necessária para abordar essa complexidade.
O sétimo capítulo “O cérebro e o espírito” explora a natureza complexa e misteriosa do cérebro humano e sua relação com o conceito deespírito ou consciência. O autor destaca a distinção entre cérebro e o espírito, dizendo que mesmo que estão um no outro, cada um tem formas diferentes de  operar e se comunicar, pois a lingagem do cérebro é eletroquímica, e a linguagem do espírito é a das palavras e frases. São identificados três mistérios relacionados ao cérebro e ao espirito: o mistérios do inconsciente, o mistério do nosso organismo e o mistério da nossa identidade. Morin sugere que o espirito não apenas opera de maneira lógica, mas também de maneira analógica e pode até funcionar de maneira dialógica, incorporando e associando contradições. Isso implica que a mente humana é capaz de lidar com a complexidade, de maneiras que vão além da simples lógica.
Finalizando, no capítulo oitavo “Pós – humanidade”, discute-se sobre a crise das civilizaões: tradicionais sob os efeitos da ocidentalização, e ocidentais em que o bem-estar material não gerou necessariamente o bem-viver. A ideia da pós-humanidade implica na superação da condição humana atual. Assim como o Homo sapiens substitui outras espécies hominídeas, o pós humano eventualmente substituirá a humanidade. No entanto, o autor ressalta que o verdadeiro progresso pós-humano deve incluir a preservação e o desenvolviemtno das qualidades de alma, espírito e coração que são subdesenvolvidas e frágeis nos seres humanos atuais. Isso sugere uma reflexão sobre o que é essencialemnte humano e a uma preocupação com o curso da evolução das civilizações humanas e a possível transformação da própria condição humana, levantando questões sobre valores, identidade e o futuro da humanidade.
D – PALAVRAS-CHAVE
Conhecimento. Verdade. Origem. Universo. Mistério.