Em Busca do Ser

A- DADOS GERAIS SOBRE O AUTOR E A OBRA

Título da obra: Em Busca do Ser: o quarto caminho para uma nova consciência.

Nome do autor: Gurdjieff, Georges Ivanovitch.

Data da 1ª edição1977

Língua original: Inglês.

Tradutores: Marcello Borges – Data da edição lida: 2017 – Li da página 01 à página 279

Total de páginas lidas: 279 páginas.

Sobre o autor do resumo: Paulo Sergio Orti

Psicólogo, Professor universitário com Mestrado em Engenharia de Produção, com ênfase em Gestão do Conhecimento. Graduação em Tecnologia de Gestão. Especialista em Administração de recursos Humanos. MBA-FGV em Gestão de Serviços. Diretor na TOTEM Talentos, consultor de Planejamento, Gestão e Carreira. Experiência em gestão pública e privada, grandes, médias e pequenas empresas.

B- ANÁLISE DA OBRA

1. Resumo:

O livro foi organizado e editado por um pequeno grupo de seguidores de George Ivanovitch Gurdjieff (1866-1949). Nascido no Cáucaso, na fronteira entre Rússia e a Turquia, o livro relata fragmentos de palestras realizadas por ele entre 1915 e 1924, organizados cronologicamente sem a pretensão de utilizar as próprias palavras do autor.

George Ivanovitch Gurdjieff mergulhou profundamente nas religiões, culturas e na ciência para encontrar explicações sobre o mistério da existência humana. Nessa obra apresenta os pensamentos que sustentam as práticas para a realização do processo de amadurecimento pessoal, no exercício do quarto caminho na vida indicada por Gurdjieff, que tem como base o conhecimento dos três centros do desenvolvimento humano ou três caminhos, ou seja:

. O caminho do faquir – a luta com o desenvolvimento do corpo físico, com torturas e tormentos, mas as funções emocional, intelectual e outras não se desenvolvem na mesma proporção.

. O caminho do monge – o caminho da fé, de religião e sacrifício concentrado nos sentimentos, mas as funções intelectuais não se desenvolvem no mesmo nível.

. O caminho do yogue – o caminho do conhecimento, da mente, mas seu corpo e suas emoções não se desenvolvem tanto quanto o ideal para acompanhar os outros centros.

De modo geral apresenta o assunto sobre o que denomina de quarto caminho, respectivamente quando os três caminhos são treinados para o desenvolvimento ocorrer simultaneamente. Uma das condições para o sujeito que se dispõe ao trabalho, é que ao subir um degrau da escada da aprendizagem, viabilize para outra pessoa também chegar no mesmo degrau e assim receba as informações para seguir adiante. A compreensão é proporcional ao esforço em praticar o que recebe e transmite.

O homem que não se ocupa com o próprio desenvolvimento é chamado homem máquina, como um mero repetidor de comportamentos e reagindo de forma reflexa aos estímulos externos. Somente o conhecimento e prática dos três centros de forma consciente, exercitando a lembrança de si todo tempo, a atenção ou presentificação é que pode promover a consciência real de si para fazer algo relevante na vida, algo novo que mude para melhor o curso das coisas. Para isso será necessário encontrar o mestre com essa habilidade e o grupo que o ajude acordar para fazer algo em seu benefício e da humanidade.

Outro pensamento central apresentado no livro é a respeito do conhecimento objetivo é o da unidade de todas as coisas, da unidade na diversidade de elementos que formam o grande universo.

A consciência objetiva permite ver e reconhecer a unidade e complementaridade de todas as coisas. A consciência subjetiva considera o mundo em milhões de fenômenos separados e desconexos. A preparação para receber ideias pertencentes ao conhecimento objetivo deve ser feita com base intelectual, pois apenas uma mente preparada de maneira adequada pode transmiti-las aos centros superiores sem introduzir elementos estranhos.

Os mitos visam contribuir com o estudo do mundo e suas leis, por isso também corresponde ao estudo do ser humano num processo recursivo.

Outro conceito importante é sobre a Arte Objetiva, o que para Gurdjieff é a única arte verdadeira, pois responde a todos os pontos do conhecimento objetivo e alcança a compreensão integral do homem, simbolizando expressões verdadeiras desse homem em evolução no autoconhecimento.

O livro também reforça o trabalho a respeito do conhecimento de si, por meio da metáfora da vida como uma carruagem dirigida por um cocheiro e puxada por um cavalo branco e outro preto, um lento e outro rápido, passando por um desfiladeiro estreito. O desafio é o de viver esse processo em perfeita gestão da energia e dessas forças, conseguindo seguir pelo caminho em perfeito equilíbrio, sem despencar da estrada.

Um conceito também apresentado no livro, se refere ao exercício das etapas do desenvolvimento mediado pelo Eneagrama. É um diagrama de nove pontos consequentes, apresentado como a ordem ou dinâmica em que os processos humanos ocorrem, seja no corpo como na prática da vida interna e externa.

Tudo o que há no mundo obedece à determinadas Leis, que conectam todos os processos em todos os planos e o homem está dentro dessas normas gerais, sem poder de mudar as regras orgânicas do universo. Para explicar detalhadamente a organização dessas Leis, Gurdjieff utiliza o estudo das notas musicais, ensina sobre movimentos corporais para mobilizar a aprendizagem da consciência humana.

C- PALAVRA-CHAVE:

Eneagrama; Autoconhecimento; Presentificação; Movimentos de Gurdjieff; Tradições; Leis Espirituais;