A Mente Organizada

A- DADOS GERAIS SOBRE O AUTOR E A OBRA

Título da obra: A Mente Organizada

Nome do autor: Daniel J. Levitin

Data da 1ª edição: 2015 Língua original: Inglês

Tradutores: Roberto Grey

Data da edição lida: 2015 Li da página 01 a 557

Total de páginas lidas: 557

Sobre o autor do resumo: Paulo Sergio Orti

Psicólogo, Professor universitário com Mestrado em Engenharia de Produção, com ênfase em Gestão do Conhecimento. Graduação em Tecnologia de Gestão. Especialista em Administração de recursos Humanos. MBA-FGV em Gestão de Serviços. Diretor na TOTEM Talentos, consultor de Planejamento, Gestão e Carreira. Experiência em gestão pública e privada, grandes, médias e pequenas empresas.

B- ANÁLISE DA OBRA

ANIEL J. LEVITIN é neurocientista e psicólogo cognitivo. É professor emérito na Universidade McGill e reitor de Artes na Minerva School, em San Francisco. Foi produtor musical e músico profissional. É autor de outros livros também como “O guia contra mentiras” e “A música no seu cérebro”, publicados pela Editora Objetiva.

O autor apresenta assuntos sobre alguns avanços nos estudos sobre o cérebro, revela os segredos de líderes para atingir a excelência na era da informação, mostra como qualquer leitor pode usar esses métodos para adquirir uma sensação de controle sobre a maneira como organizar o lar, o ambiente de trabalho e a vida. Mostra também como funcionam algumas regiões do cérebro, relacionando esses estudos a comportamentos e tipos de pensamentos, como organizar tudo isso e compreender melhor as relações sociais.

Parte 1 – Dentre as principais ideias se pode destacar:

  • O mundo mudou muito e o cérebro humano tem se adaptado a essas mudanças, nem sempre com exatidão e grandes ganhos. A capacidade de armazenar e organizar o volume de informações recebidas é um dos temas importantes abordados no estudo apresentado.

  • O cérebro tem duas propriedades sobre como é projetado: riqueza e acesso associativo. Riqueza tem a ver com a teoria, segundo a qual grande parte das coisas que um dia o sujeito pensou ou experimentou ainda estão presentes em algum lugar. Acesso associativo significa que os pensamentos podem ser associados de uma série de maneiras diferentes, através de associações semânticas ou perceptivas.

  • Uma mente organizada conduz, sem esforço, clareza para a tomada de decisão.

  • As diferenças humanas podem ser classificadas em 5 categorias: extroversão, amabilidade, neuroticismo, abertura a novas expectativas e concensiosidade (abarca diligência, autocontrole, aderência à realidade e desejo).

Parte 2 – Bases conceituais para a compreensão do tema:

  1. Informação em excesso, decisões em excesso – A história íntima da sobrecarga cognitiva. Escolher a prioridade é algo para se aprender. Escolher entre o trivial e o que é importante. Para tanto, a atenção é o recurso mais importante para qualquer organismo. É o filtro da atenção.

  1. As primeiras coisas para entender – como funcionam a atenção e a memória. Existe o modo de memória do executivo central e o modo do devaneio. A memória é um exercício da reescrita, cada visita que é visitada. Existem três distinções entre aparência e realidade: primeiro – alguns objetos são inerentemente idênticos. Segundo – objetos de aspectos semelhantes são inerentemente diferentes. Terceiro – Alguns objetos de aspecto diferente podem, ainda assim, pertencer ao mesmo tipo natural. O conceito de economia cognitiva vem do fato de classificar objetos como semelhantes, quando de fato o são. Como se formam as categorias: Primeiro – com base no aspecto geral ou mais exato. A segunda – baseada na equivalência da função. Terceira – situações particulares. O conhecimento são as conexões.

  1. Organizando nossas Casas – Por onde começar a melhorar as coisas: Altos níveis de cortisol (estresse) podem levar à diminuição crônica da capacidade cognitiva, à fatiga e à supressão do sistema imunológico do corpo. Como os seres humanos se conectam hoje: utiliza categorias flexíveis para criar uma economia cognitiva. A tarefa dos sistemas organizativos é fornecer o máximo de informação com o mínimo de esforço cognitivo. Como usar os filtros de atenção e as categorias, para organizar os conhecimentos e informações. Criar situações que ajudam a localizar objetos. Organize a gaveta da bagunça. Usar o padrão que foi definido. Jogar fora o que não poderá mais usar. A atenção só é capaz de lidar com até 4 itens por vez. Essa e muitas outras dicas são compartilhadas no livro.

  1. Organizando nosso mundo social – como os seres humanos se conectam hoje. Usar uma multidão de pessoas para procurar coisas juntas, sendo que qualquer pessoa que tenha alguma informação é encorajada a contribuir. A multidão nem sempre está certa. Causa idiotices importantes e oportunidades maravilhosas. Conhecer as coisas associadas ao contexto criam ótimas oportunidades de serem reconhecidas mais facilmente e lembradas. Lembretes podem ativar a memória e ajudar a realizar prioridades importantes. As redes sociais oferecem oportunidades e ilusões também, pois são especialistas em oferecer extensão. As pessoas não são diretas e insinuam o que querem. É uma forma de linguagem de não confronto, garantindo a convivência social. Avaliações baseadas nas circunstâncias. Os preconceitos surgem de pistas sobre um contexto de sobrecarga de informações que induzem conclusões equivocadas.

  1. Organizando nosso tempo: Qual o mistério? O tempo é conceito convencionado em termos de combinações sociais. Porque crianças e adolescentes não são normalmente bons planejadores. Áreas do cérebro responsáveis por controlar esse e outros comportamentos estudados. O cérebro só absorve o mundo em pequenos ou fragmentos de cada vez. Concentração exige foco em coisas similares e criatividade, por vezes em coisas díspares. Entender esse contexto e usar os recursos adequados. Em atividades complexas, é imprescindível o plano de ação e os objetivos. O sono organiza as informações também e tem três categorias que ocorrem durante o sono e sonhos: a unificação, o processamento de informação e a abstração. A demora na gratificação pode ser um dos fatores da procrastinação.

  1. Organizando informação para as decisões mais difíceis – Quando a vida está em jogo? Decisões difíceis precisam contar com um recurso extra, às vezes, que é a probabilidade. Nem sempre se está 100% seguro de algo. Provavelmente em algum momento da vida será necessário tomar decisões envolvendo riscos e probabilidades. Apresenta estudos envolvendo decisões médicas.

  1. Organizando o mundo dos negócios – Como criamos valores? A divisão de tarefas nas empresas foi um ganho importante no mundo organizacional. A construção de mapa de redes permite focar em pontos críticos e administrar melhor as conexões. As empresas funcionam como sistemas de memórias transitivas e cada pessoa detém uma parte do conhecimento. Decisões envolvem questões corporais como as glândulas. O risco prudente é a exposição proposital a um resultado negativo. O Locus de Controle, ou seja, a maneira como as pessoas encaram a autonomia e atuação no mundo. Os multitarefas não apresentam os melhores resultados. Sistemas estruturados precisam de pouca definição para descrevê-los. Quanto maior a estrutura mais simples descrever a tarefa. Outro ponto abordado é o plano de contingência.

Parte 3 – Foco nos relacionamentos e na transmissão desses conhecimentos:

  1. O que ensinar aos filhos? O futuro da mente organizada só pode ser considerado informação se for exato. A procrastinação aparece nas crianças e adolescentes, e pesquisas comprovam que a tendência a querer gratificação imediata. Isso também deixa os jovens vulneráveis aos vícios. Quando ocorre a identificação com o viés de leitura negativa. Só os neutros conseguem observar a notícia e uma reportagem neutra como tal. Estabelecer condições para o que é razoável ou dentro de limites toleráveis. Onde obter informação? Há três maneiras de apreender a informação: implicitamente, explicitamente ou descobri-la por conta própria. É preciso estimular os jovens a checarem suas fontes, testando e avaliando, para estimular um pensar com clareza, de modo completo, crítico e criativo.

  1. Todo resto – O poder da gaveta da Bagunça. Tudo que precisar guardar, mas ainda não tem categorias que justifiquem. Codificar nomes para ajudar a lembrar. Pequenas bibliotecas fazem mais sucesso do que grandes. Muita informação acumulada e sem a devida facilidade de encontrar, desestimula a busca. É preciso rever a gaveta e fazer as atualizações necessárias.

C – PALAVRAS-CHAVE

Memória; aprendizagem; organização; conhecimento; tempo; disciplina; tomada de decisão.